quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Links sobre preconceito linguístico!!!!!!!!!!

Tentamos inserir o vídeo no blog, mas como todos sabem, computador não é o nosso forte, portanto, não conseguimos. Continuaremos tentando, enquanto isso, aqui vão alguns links do you tube de vídeos ligados a preconceito linguístico. Maravilhosos!!!! Aproveitem...
Beijos,
Fê e Fa
http://www.youtube.com/watch?v=iBHMajeluNg
http://www.youtube.com/watch?v=gNj36S3gJ54

Para refletir um pouco...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Para quem gosta de Chomsky...

Biografia
Chomsky nasceu na cidade da Filadélfia, no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos da América, filho de um estudioso do hebraico e professor, William Chomsky. Em 1945, começou a estudar Filosofia e Linguística na Universidade da Pensilvânia com Zellig Harris, professor com cuja visão política ele se identificou. Antes de receber seu doutoramento em Linguística pela Universidade da Pensilvânia em 1955, Chomsky realizou a maior parte de sua pesquisa nos quatro anos anteriores na Universidade de Harvard como pesquisador assistente. Na sua tese de Ph.D., um trabalho de mais de mil páginas, desenvolveu a sua abordagem original às ideias linguísticas, tendo um resumo sido publicado no seu livro de 1957 Syntactic Structures (Estruturas Sintácticas), numa editora holandesa, por recomendação de Roman Jakobson. A recensão crítica desta obra por Robert Lees teve um papel fundamental na sua divulgação e reconhecimento como trabalho revolucionário.
Depois de receber o doutoramento, Chomsky leciona no MIT há mais de 40 anos consecutivos, sendo nomeado para a "Cátedra de Línguas Modernas e Linguística Ferrari P. Ward". Durante esse período, Chomsky tornou-se publicamente muito empenhado no activismo político e, a partir de 1964, protesta activamente contra o envolvimento americano na Guerra do Vietname. Em 1969, publica o livro American Power and the New Mandarins (O Poder Americano e os Novos Mandarins), um livro de ensaios sobre essa guerra. Desde então Chomsky tornou-se mundialmente conhecido pelas suas idéias políticas , dando palestras por todo o mundo e publicando inúmeras obras. A sua ideologia política, classificada como socialismo libertário, rendeu inúmeros seguidores dentro do campo da "esquerda" mas também muitos detratores em todos os lados do espectro político. Durante este tempo, Chomsky continuou a pesquisar, a escrever e a ensinar, contribuindo regularmente com novas propostas teóricas que virtualmente definiram os problemas e questões centrais da investigação linguística nos útimos 50 anos.

Dedicatória e autógrafo de Chomsky em edição brasileira de um de seus livros
Em 1979, Paul Robinson escreveu no New York Times Book Review que "Pelo poder, alcance, inovação e influência de suas idéias, Noam Chomsky é indiscutivelmente o mais importante intelectual vivo, hoje." Contudo, Robinson continua o artigo dizendo que os trabalhos de Chomsky sobre Política são "terrivelmente simplistas". Chomsky observa que "se não fosse por esta segunda afirmação, eu era capaz de pensar que estava fazendo algo errado... é verdade que o imperador está nu, mas o imperador não gosta que digam isto a ele, e os cachorrinhos-de-colo do imperador como o The New York Times não vão gostar da experiência se você o fizer".
De acordo com o Arts and Humanities Citation Index, entre 1980 e 1992, Chomsky foi citado como uma "fonte" mais frequentemente que qualquer outro acadêmico vivo, e foi a octogésima fonte mais citada, no cômputo geral.
Chomsky também tem recebido crédito de grupos culturais. O grupo musical Rage Against the Machine leva cópias de seus livros em suas turnês. A banda de grunge Pearl Jam tocou pedaços de falas de Chomsky mixadas com algumas de suas músicas. O grupo de rock n' roll REM convidou o linguista para palestrar antes de seus shows, o que Chomsky recusou. Discursos de Chomsky têm sido apresentados em lados B dos álbuns da banda Chumbawamba e outros grupos. O cantor e ativista político Bono Vox, do grupo irlandês U2, disse que "Se o trabalho de um rebelde é derrubar o velho e preparar o novo, então este é Noam Chomsky, um rebelde sem pausas, o Elvis da Academia... Como o rock n'roll dos anos 90 continua sendo atado nas mãos, é irônico que um homem de 65 anos de idade tenha o real espírito rebelde".
A revista Rolling Stone escreveu que Chomsky "está no nível de Thoreau e Emerson no campo da literatura da rebelião". A Village Voice comentou que "Com que perspicácia (Chomsky) não fica enrolando e realmente diz alguma coisa!". Uma resenha no The Nation tinha a seguinte observação: "Não ler (Chomsky)... é cortejar a genuína ignorância".
"Avram" é uma outra forma de "Abraão". "Noam" é uma palavra hebraica que significa "desprazeroso", "sem prazer". "Chomsky é o nome eslavo "Хомский". A pronúncia original, de acordo com o Alfabeto Fonético Internacional, é [avram noam 'xomskij]. Geralmente é anglicizada para ['ævræm 'nəʊm 'tʃɒmᵖski] — ou ['ævræm 'noʊm 'tʃamᵖski] com o sotaque estadunidense.

[editar] Contribuição à Linguística
Syntactic Structures foi uma destilação do livro Logical Structure of Linguistic Theory (1955) no qual Chomsky apresenta sua idéia da gramática gerativa. Ele apresentou sua teoria de que os "enunciados" ou "frases" das línguas naturais devem ser interpretados em dois tipos de representação distintas: as "estruturas superficiais" correspondendo à estrutura patente das frases, e as "estruturas profundas", uma representação abstracta das relações lógico-semânticas das mesmas.
Esta distinção conserva-se hoje, na diferenciação entre Forma Lógica e Forma fonética, embora o processo de derivação transformacional com regras específicas tenha sido substituído pela operação de princípios gerais. Na versão de 1957/65 da teoria de Chomsky, as regras transformacionais (juntamente com regras de sintagmáticas, phrase structure rules e outros princípios estruturais) governam ao mesmo tempo a criação e a interpretação das frases. Com um limitado conjunto de regras gramaticais e um conjunto finito de palavras, o ser humano é capaz de gerar um número infinito de frases bem formadas, incluindo frases novas.
Chomsky sugere que a capacidade para produzir e estruturar frases é inata ao ser humano (isto é, é parte do patrimônio genético dos seres humanos) gramática universal. Não temos consciência desses princípios estruturais assim como somos não temos consciência da maioria das nossas outras propriedades biológicas e cognitivas.
As abordagens mais recentes, como o Programa Minimalista são ainda mais radicais na defesa de princípios económicos e óptimos na estrutura gramática universal. Entre outras afirmações, Chomsky diz que os princípios gramaticais subjacentes às linguagens são completamente fixos e inatos e que as diferenças entre as várias línguas usadas pelos seres humanos através do mundo podem ser caracterizadas em termos da variação de conjuntos de parâmetros (como o parâmetro pro-drop, que estabelece se um sujeito explícito é obrigatório, como no caso da língua inglesa, ou se pode ser opcionalmente deixado de lado (suprimido ou elidido), como no caso do português, italiano e outras).
Esses parâmetros são freqüentemente comparados a interruptores. A versão da gramática generativa que desenvolve a abordagem paramétrica é por isso designada princípios e parâmetros . Nesta abordagem, uma criança que está a aprender uma língua precisa adquirir apenas e tão somente os ítens lexicais necessários (isto é, as palavras) e fixar os parâmetros relevantes.
Esta abordagem baseia-se na rapidez espantosa com a qual as crianças aprendem línguas, pelos passos semelhantes dados por todas as crianças quando estão a aprender línguas e pelo fato que as crianças realizarem certos erros característicos quando aprendem sua língua-mãe, enquanto que outros tipos de erros aparentemente lógicos nunca ocorrem. Isto sucede precisamente, segundo Chomsky, porque as crianças estão a empregar um mecanismo puramente geral (isto é, baseado em sua mente) e não específico (isto é, não baseado na língua que está sendo aprendida).
As idéias de Chomsky continuam a influenciar significativamente a pesquisa que investigavam a aquisição de linguagem pelas crianças, muito embora se tenham desenvolvido nesta área abordagens neo-behaviouristas, ou mistas que privilegiam explicações baseadas em mecanismos gerais de aprendizagem, com variantes emergentistas ou conexionistas.

[editar] Gramática Ge(ne)rativa
A abordagem de Chomsky em relação à sintaxe, freqüentemente chamada de gramática gerativa, embora geralmente dominante, deu origem a escolas que dela divergem em aspectos técnicos como a Gramática Lexical-Funcional ou a HPSG. Noutros casos, há diferenças mais profundas, especialmente nas abordagens ditas funcionalistas, em parte herdeira do legado da Escola de Praga.
A análise sintática de Chomsky, muitas vezes altamente abstrata, se baseia fortemente em uma investigação cuidadosa dos limites entre construções gramaticais corretas e construções gramaticais incorretas numa língua. Deve-se comparar esta abordagem aos assim chamados casos patológicos (pathological cases) que possuem um papel semelhantemente importante em matemática. Tais julgamentos sobre a correção gramatical só podem ser realizados de maneira exata por um falante nativo da língua, entretanto, e assim, por razões pragmáticas, tais linguistas normalmente (mas não exclusivamente) focalizam seus trabalhos em suas próprias línguas-mães ou em línguas em que eles são fluentes (geralmente inglês, francês, alemão, holandês, italiano, japonês ou um das línguas do chinês).
Algumas vezes a análise da gramática gerativa não tem funcionado quando aplicada à línguas que não foram ainda estudadas. Desta maneira, muitas alterações foram realizadas na gramática gerativa devido ao aumento do número de línguas analisadas. Entretanto, as reivindicações feitas sobre uma linguística universal tem se tornado cada vez mais fortes e não têm se enfraquecido com o transcorrer do tempo. Por exemplo, a sugestão de Kayne, na década de 90, de que todas as línguas têm uma ordem Sujeito - Verbo - Objeto das palavras teria parecido altamente improvável na década de 60. Uma das principais motivações que estão por detrás de uma outra abordagem, a perspectiva funcional-tipológica (ou tipologia linguística, freqüentemente associada a Joseph H. O Greenberg), é basear hipóteses da linguística universal no estudo da maior variedade possível de línguas, para classificar a variação e criar teorias baseadas nos resultados desta classificação. A abordagem de Chomsky é por demais profunda e a dependente do conhecimento nativo da língua para seguir este método (embora tenha sido aplicada a muitas línguas desde que foi criada).

[editar] Hierarquia de Chomsky
Ver artigo principal: Hierarquia de Chomsky
Chomsky é famoso por pesquisar vários tipos de linguagens formais procurando entender se poderiam ser capazes de capturar as propriedades-chave das línguas humanas. A hierarquia de Chomsky divide as gramáticas formais em classes com poder expressivo crescente, por exemplo, cada classe sucessiva pode gerar um conjunto mais amplo de linguagens formais que a classe imediatamente anterior. De maneira interessante, Chomsky argumenta que a modelagem de alguns aspectos de linguagem humana necessita de uma gramática formal mais complexa (complexidade medida pela hierarquia de Chomsky) que a modelagem de outros aspectos. Por exemplo, enquanto que uma linguagem regular é suficientemente poderosa para modelar a morfologia da língua inglesa, ela não é suficientemente poderosa para modelar a sintaxe da mesma. Além de ser relevante em linguística, a hierarquia de Chomsky também tornou-se importante em Ciência da Computação (especialmente na construção de compiladores) e na Teoria de Autômatos.
Seu trabalho seminal em fonologia foi The sound pattern of English, que publicou juntamente com Morris Halle. Este trabalho é considerado ultrapassado (embora tenha sido recentemente reimpresso). Chomsky não pesquisa nem publica mais na área de fonologia.

[editar] Crítica da Linguística de Chomsky
Embora a abordagem de Chomsky seja reconhecidamente uma das melhores da Lingüistica, ela tem sido criticada por outros autores. Talvez a mais conhecida abordagem alternativa à posição de Chomsky seja a de George Lakoff e de Mark Johnson. O trabalho destes pesquisadores sobre Linguística cognitiva desenvolveu-se a partir da Linguística de Chomsky, mas difere dela de maneira significativa. Especificamente, argumenta contra os aspectos neo-cartesianos das teorias de Chomsky, eles afirmam que Chomsky falha em não levar em conta a incorporação extensiva da cognição. Como notado acima, a visão conexionista da aprendizagem não é compatível com a abordagem de Chomsky. Também, desenvolvimentos mais recentes em psicologia como, por exemplo, cognição localizada e psicologia discursiva não são compatíveis com a abordagem chomskiana.
De maneira ainda mais radical, os filósofos na tradição de Wittgenstein (como Saul Kripke) acham que a visão Chomskyana é fundamentalmente errada quanto ao papel das regras no que tange a cognição humana.
De maneira semelhante, os filósofos das tradições da fenomenologia, do existencialismo e da hermenêutica se opõem aos aspectos abstratos neo-racionalistas do pensamento de Chomsky. O filósofo contemporâneo que representa melhor esta visão é, talvez, Hubert Dreyfus, também famoso (ou notório) pelos seus ataques contra a inteligência artificial.

[editar] Contribuições à Psicologia

Ver artigo principal: Psicologia
O trabalho de Chomsky em Lingüistica teve implicações importantes para a Psicologia e foi um de seus principais direcionamentos, durante o século XX. Sua teoria da gramática universal foi uma crítica direta ao behaviorismo, fortemente estabelecido em seu tempo, e teve conseqüências importantes no entendimento de como a linguagem é aprendida pelas crianças e o que, exatamente, é a capacidade de interpretar linguagem. Os princípios mais básicos desta teoria são atualmente geralmente aceitos (embora não necessariamente as fortes reivindicações feitas pela abordagem de princípios e parâmetros descrita acima).
Em 1959, Chomsky publicou uma crítica - a qual obteve uma grande repercussão - do livro Verbal Behavior, escrito por B.F. Skinner, o mais aclamado dos psicólogos da tradição psicológica behaviorista (ou, em português, comportamentalista). Essa teoria, que tinha dominado a Psicologia na primeira metade do século XX, dizia que a linguagem era meramente um "comportamento aprendido". Skinner argumentava que a linguagem, como qualquer outro comportamento — desde a salivação de um cão ao antecipar seu jantar ao desempenho de um grande pianista — poderia ser atribuído a um "treinamento feito através de recompensas e penalidades durante certo período de tempo". A linguagem, segundo Skinner, podia ser completamente aprendida através das pistas e do condicionamento proveniente do mundo no qual aquele-que-aprende está imerso.
A crítica de Chomsky à metodologia e às pressuposições básicas de Skinner prepararam o caminho para uma revolução contra a doutrina behaviorista. Em seu livro de 1966, Línguistica Cartesiana e em trabalhos subseqüentes, Chomsky cria uma explicação das faculdades da linguagem humana que tornou-se um modelo para investigação em outras áreas da Psicologia. Muito da concepção atual de como a mente trabalha vem diretamente de idéias que, nos tempos modernos, encontraram em Chomsky seu primeiro autor.
Existem três idéias chave:
Primeiro, que a mente é "cognitiva", isto é, que a mente realmente contém estados mentais, crenças, dúvidas e assim por diante. A visão anterior negava mesmo isto, com a argumentação de que existem apenas relacionamentos "estímulo-resposta" tais como "Se você me pergunta se quero X, eu irei dizer sim". Mas Chomsky mostrou que a maneira mais comum de entender a mente, como ter coisas como crenças e mesmo estados mentais inconscientes, tinha de estar certo.
Segundo, Chomsky argumentou que muitas partes do que a mente adulta podia fazer era "inata". Isto é, embora nenhuma criança nascesse automaticamente sendo capaz de falar uma linguagem, todas as pessoas nascem com uma capacidade poderosa de aprendizado da linguagem que permite a eles dominar muitas linguagens muito rapidamente em seus primeiros anos de vida. Psicólogos subseqüentes têm estendido esta tese para além da linguagem de maneira que a mente não é mais considerada um "papel em branco" quando do nascimento.
Finalmente, Chomsky introduziu o conceito de "modularidade", uma característica crítica da arquitetura cognitiva da mente. A mente é composta de uma conjunto de subsistemas especializados que interagem entre si e que apresentam fluxos de intercomunicação limitados. Este modelo contrasta agudamente com a velha idéia segundo a qual qualquer parte de informação na mente poderia ser "acessada" por qualquer outro processo cognitivo. Ilusões ópticas, por exemplo, não "podem ser desligadas" mesmo quando se reconhece serem apenas ilusões.

Preconceito linguístico

terça-feira, 25 de novembro de 2008